Por que me sinto tão sozinha depois do parto?
- Mireille Pimenta
- 6 de abr.
- 2 min de leitura

O momento do nascimento de um bebê também é, de certa forma, o nascimento de uma mãe. É uma fase de amor, descobertas - mas também de inseguranças, cansaço e muitas vezes… solidão. Você pode estar rodeada de familiares, recebendo visitas, tendo um bebê no colo - e ainda assim, se sentir sozinha. Isso é mais comum do que podemos imaginar.
O puerpério é um período em que a mulher vive intensamente as mudanças no corpo, nas emoções e na rotina. São tantas exigências e expectativas, que o próprio bem-estar emocional da mãe acaba ficando em segundo plano. Normalmente todas as atenções estão voltadas para o bebê recém chegado enquanto a mãe - cansada, sem rotina de sono, muitas vezes sem conseguir fazer uma refeição decente, sobrecarregada - precisa estar bem, feliz e pronta a atender as demandas do bebê (quando não as de toda a família).
Sentir-se sozinha no pós-parto não é exagero, não é drama, é uma realidade emocional vivida por muitas mães. É importante dar nome a essa experiência, porque quando conseguimos nomear, podemos cuidar. Falar sobre isso é o primeiro passo para romper o silêncio que tanto machuca.
A psicoterapia perinatal é um espaço onde você pode ser ouvida com empatia, sem julgamentos, um espaço onde sua dor, suas dúvidas, seus medos e até suas ambivalências têm lugar e são acolhidos. Ter alguém que olhe para você com cuidado, não apenas como mãe, mas como mulher, faz toda a diferença nesse momento tão sensível.
Você não está sozinha — mesmo que se sinta assim.
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